Copa do Mundo 2022: veja 22 curiosidades sobre o Mundial do Catar

Estádio desmontável, impedimento semiautomático, cinco substituições por seleção... Falta muito pouco para o começo da Copa do Mundo do Catar e o Estadão traz 22 curiosidades sobre o Mundial deste ano.

A História dos Videogames como você nunca viu | Anos 60/70

Hoje em dia poucos param para se perguntar como os jogos eletrônicos começaram e de que forma foram introduzidos em nossas vidas. A geração de hoje talvez nem imagine como eram os primeiros jogos, seu funcionamento, lógica e mecânicas usadas para o seu desenvolvimento. Pois é, em 1955 os primeiros passos para a criação de uma espécie de “jogo interativo” começaram a ser dados, o “Instituto de Tecnologia de Massachusetts” foi pioneiro iniciando as primeiras pesquisas na área da computação. Fazendo uso de um computador composto por transistores no lugar de válvulas, o TX-0, que mesmo tendo um tamanho gigantesco para um computador, ainda assim era menor do que a maioria da época.

Por sua inovação tecnológica, o computador acabou atraindo grupos de estudantes de engenharia, que passou a trabalhar nele desenvolvendo ferramentas de desenvolvimento para aplicar programação e inserir novos códigos interpretáveis dentro da sua estrutura, o que tornaria o computador mais “inteligente” digamos assim. Com um novo horizonte a frente, os programadores desenvolveram o que não sei se podemos chamar de jogo, o “Mouse in the Maze”, que imitava a vida de um rato em um labirinto, com um visual muito distante de ser bonito mas que para a época era fantástico. Em seguida desenvolveram o Tic-Tac Toe, que traduzindo é o famoso "Jogo da Velha".

Há quem diga que Spacewar! não foi o primeiro jogo eletrônico, já que em 1958 foi exibido o programa "Tennis for Two" na tela de um osciloscópio, porém não chegou a sair dos laboratórios. O jogo era uma simulação bem simplificada do esporte, onde um ponto piscando representava a bola e os jogadores controlavam seu movimento por cima de uma linha vertical que representava a rede. Não havia na imagem a representação dos jogadores, apenas da 'bola' e da 'quadra' de tênis, numa vista lateral.


PDP-1

1961 - Spacewar | Primeiro Jogo Eletrônico

A vida útil do TX-0 não durou muito tempo e logo ele foi substituído pelo PDP-1, um microcomputador com um monitor com resolução de 512×512. Com intuito de descobrir novas possibilidades do novo hardware, Steve Russell e seus colegas acabaram criando o “Spacewar”, um jogo em que era possível controlar duas naves espaciais no universo, com o objetivo de torpedear outras naves. Em 1961, o jogo foi testado pela primeira vez, sendo considerado oficialmente como o primeiro jogo eletrônico de tiro da história.


Brown Box

1967 - Brown Box

O engenheiro de televisão Ralph Baer concebeu a ideia de uma televisão interativa ao construir uma aparelho de televisão do zero para Loral em 1951 no Bronx, Nova Iorque. Ele explorou mais estas ideias em 1966 ao ser o Engenheiro Chefe e gerente da Divisão de Design de Equipamentos em Sanders Associates. Baer criou um videogame simples de dois jogadores que podia ser exibido em aparelho de televisão padrão chamado Chase, onde dois pontos perseguiam um ao outro na tela. Após uma demostração ao diretor de R&D da companhia Herbert Campman, algum fundo foi designado e o projeto foi dado como "oficial". Em 1967 Bill Harrison entrou a bordo, e uma pistola de luz foi construída a partir de um rifle de brinquedo que foi mirado em um alvo movimentado por outro jogador.

Bill Rusch juntou-se ao projeto para acelerar o desenvolvimento e em pouco tempo um terceiro ponto controlado pela máquina foi usado para criar um jogo de ping-pong. Com mais fundos, jogos adicinais foram criados, e Baer teve a idéia de vender o produto à companhias de TV a cabo, que poderiam transmitir imagens estáticas como planos de fundo de jogos. Um protótipo foi demostrado em fevereiro de 1968 para o Vice-Presidente da Teleprompter, Hubert Schlafly, que assinou um acordo com a Sanders.

A indústria de TV a cabo estava sofrendo uma queda durante o final dos anos 60 e início dos 70 e uma falta de fundos significava que outros caminhos tinham que ser trilhados. O desenvolvimento do hardware e jogos continuou resultando no protótipo final "Brown Box", que tinha dois controladores, uma pistola de luz e seis interruptores no console que selecionavam o jogo. Baer abordou vários fabricantes de televisão americanos com a ideia de desenvolver um aparelho capaz de trazer interatividade às companhias de televisão à cabo dos Estados Unidos, Ralph Baer dedicou as suas horas vagas do dia ao desenvolvimento de um protótipo conhecido como Brown Box. A princípio a ideia não passou de mais um projeto de fundo de quintal, desenvolvido aqui e acolá.

Algum tempo depois e algumas parcerias, Baer demonstrara um jogo de ping pong totalmente funcional em 1967 e a partir daí o projeto decolou. Várias demonstrações públicas seguiram-se a essa última e Baer, juntamente com Bill Rusch e Bill Harrison trabalharam em uma pistola e em 3 jogos (vôlei, futebol e tiro). Com fundos suficientes para o desenvolvimento do projeto, Baer finalmente decidira apresenta-lo a empresas como RCA, GE, Zenith, Sylvania e Magnavox.


Computer Space - O primeiro “Fliperama”

1971 - Computer Space

Em 1971 a Magnavox compra um projeto frustrado de Ralph Baer, do que viria a ser uma TV com jogos embutidos mas não deu certo. O projeto serviu posteriormente para o desenvolvimento do Odyssey 100, que foi o primeiro videogame que podia conectado a uma TV. Nesse mesmo período, Nolan Bushnell trabalha em casa para criar uma adaptação do jogo Spacewar! de Steve Russell e acaba conseguindo criando o “Computer Space”, o primeiro “Fliperama” do mundo.

Como os computadores, chamados de “mainframes” eram extremamente caros na época e obviamente ocupavam muito espaço, Bushnell criou uma máquina que conseguia rodar apenas um jogo, o Spacewar. Sua ideia foi tão fascinante para a época, que seu projeto vingou e ele passou a vender o fliperama. Interessada no potencial de Nolan Bushnell, uma das grandonas dos eletrônicos o contrata para montar seus fliperamas Computer Space. Porém mais tarde, por divergência de ideias e administrativa, Bushnell decide sair da empresa e fundar a icônica “Atari”.


Magnavox

1972 - Magnavox Odyssey

O Magnavox Odyssey foi o primeiro console de videogame lançado na história as principais alterações no Magnavox em relação ao Brown Box foram o uso de circutos plugados para alterar os jogos e a remoção das capacibilidades de gráficos coloridos em favor das sobreposições de cor para reduzir custos de produção. Ele foi lançado em Maio de 1972 como Magnavox Odyssey. Mesmo sendo o primeiro produto da indústria, o Odyssey acabou atingindo relativo sucesso, graças ao inédito dispositivo para interagir com a televisão. Bastante rudimentar, o aparelho não reproduzia sons, tinha compatibilidade com somente dois tamanhos de TV e teve apenas 27 games lançados.

Após um acordo fechado e cancelado com a RCA, finalmente em março de 1971 Baer e sua equipe fecharam um contrato de licença de produção do Brown Box com a Magnavox, da holandesa Philips.

Não demorou para que, no outono de 1972, o primeiro console doméstico de todos os tempos fosse lançado com o nome de Magnavox Odyssey. Em pouco mais de 6 meses o vídeo game vendeu cerca de 100 mil unidades, se tornando um grande sucesso em todo o mundo.

Com 4 jogos de fábrica, os gamers pioneiros tinham motivos suficiente para passar horas e mais horas em frente a televisão com os controles super ergonômicos do Odyssey. Se achassem pouco, outros 12 jogos poderiam ser comprados em “cartuchos”, que na realidade não eram cartuchos e sim placas de circuito que apenas alteravam a forma como a corrente elétrica passava na placa do aparelho. A jogatina poderia se tornar ainda mais divertida com a light gun Shooting Gallery, um dos principais periféricos do Odyssey (pois é, já existiam periféricos àquela época!) e a primeira light gun a ser comercializada em todo o mundo.

Apesar de trazer a diversão que antes era acessível apenas aos militares e aos nerds cientistas de grandes laboratórios e universidades, o Odyssey pecou na falta de jogos aliada à pouca capacidade gráfica e de processamento. Para se ter uma ideia do nível do menino, ele não era capaz sequer de calcular e exibir os scores dos jogos. Não raramente os jogos vinham com umas tabelinhas enormes para essa atividade!

A falta de poder de processamento se refletia no tipo e qualidade dos jogos, que sequer tinham cenários. Para corrigir tal problema, os jogos vinham acompanhados de uma espécie de papel filme que podia ser colocado nas telas das TVs para simular algum cenário ou para dar cores ao breu comum a todos os jogos.


Atari

1973 - Arcade Pong

O projeto Pong surgiu a partir do período de treinamento e desenvolvimento do engenheiro Allan Alcorn, que não tinha nenhuma experiência com jogos eletrônicos. Foi então que Nolan Bushnell, fundador da Atari, resolveu fazer alguns ajustes pontuais no projeto piloto de Alcorn para torná-lo mais acessível.

Em consequência disso, foram realizados ajustes na jogabilidade, como melhorias no ângulo da câmera e na física da bolinha poligonal, para deixar o jogo mais intuitivo. Além disso, Bushnell acrescentou efeitos sonoros simples, porém relevantes à época, e elevou a velocidade das raquetes virtuais para deixar Pong desafiador na medida certa.

A premissa de Pong era simples: use a raquete virtual para rebater a bolinha e pontuar mais que o adversário. O primeiro jogador a alcançar os 10 pontos fica com a vitória. Embora Pong tenha sido concebido para proporcionar disputas acirradas contra o computador, a diversão do game estava concentrada no multiplayer local para dois usuários.

No final de 1973, o jogo “Pong”, criado por Bushnell se torna um fenômeno na indústria de videogames e as empresas Nutting e Ramtek também lançam jogos parecidos. Com isso a Atari inicia negociações com a Namco (empresa japonesa).


Kee Games

1974 - Tank

Nesta mesma época a Kee Games lança o Tank, que se tornou o jogo mais vendido do ano, ultrapassando até mesmo a Atari nas vendas. A Kee Games era um dos setores de desenvolvimento da Atari, que voltou a ser uma só unidade com a Atari um tempo depois. Do momento em que a Kee Games e a Atari voltaram a ser uma unidade de desenvolvimento só, se tornaram uma das maiores empresas do setor de videogames da história.


Atari

1975 - Pong (C-100) - O primeiro console da Atari

Depois de colher o sucesso com as máquinas arcade, a Atari decidiu, em 1974, lançar a versão doméstica de Pong, que passou a se chamar Home Pong e foi inspirada na base estabelecida do jogo arcade.

a Atari anunciou, em 1975, o Home Pong (modelo C-100), um console bem mais simples de jogar do que o Odyssey. O botões para movimentar os palitos ficavam no próprio aparelho, não havia joystick e game cards. Uma outra versão, a C-160, também foi lançada em seguida. A diferença é que ela permitia que até quatro jogadores participassem ao mesmo tempo da brincadeira.


Atari Super Pong Teen


Midway Games

1975 - Gunfight

Gunfight foi um jogo de tiro para dois jogadores. Seu objetivo era eliminar obstáculos e bônus do cenário e atingir o inimigo o máximo de vezes com as balas que restavam.

A Midway Games lança o primeiro fliperama micro processado, abandonando os gigantescos e confusos emaranhados de circuitos, o Gunfight. O jogo foi desenvolvido pela Taito (empresa japonesa) e foi o primeiro fliperama importado pelos Estados Unidos.

Gunfight foi um jogo de tiro para dois jogadores. Seu objetivo era eliminar obstáculos e bônus do cenário e atingir o inimigo o máximo de vezes com as balas que restavam. Na liderança de Bushnell, a Atari desenvolve o VCS (Video Computer System), e faz seu lançamento no Natal, sendo comercializado por US$ 249,95. Mais tarde nomeado de “Atari de 2600”, foi o primeiro videogame programável com jogos de cartucho da Atari e só veio para o Brasil em 1983. Muitos dos títulos lançados para arcade (fliperama) foram convertidos para rodarem no console doméstico da Atari. O “Atari de 2600” foi um sucesso de vendas.


Sears

1975 - Tele-Game

Um contrato de fabricação do Pong com a marca Sears alavancou a Atari em 1975. A fábrica da Atari tinha capacidade para produzir 50 mil aparelhos. Mas a Sears, uma das maiores redes dos Estados Unidos, resolveu apostar na idéia fez um pedido de 150 mil unidades de uma versão customizada. Isso mesmo! Ela queria um console com o nome Sears Tele-Games estampado. Nem precisa dizer que foi prontamente atendida depois de Bushnell buscar empréstimos na casa de 10 milhões de dólares. O melhor de tudo é que as 150 mil unidades foram praticamente todas vendidas no Natal de 1975.


Philips Telespel

1975 - Telespel ES 220l

O Tele-Spiel foi o primeiro console batizado de “PONG Systems” a utilizar cartuchos para a execução de seus jogos. Lançado exclusivamente na Europa, o Tele-Spiel chegou às lojas no final do ano de 1975 e apesar da novidade de seus jogos virem em cartuchos, vários fatores atrapalharam a popularização do sistema.

Vendido inicialmente por 400 francos (algo em torno de 60 euros hoje em dia), o vídeo game tinha um preço salgado para tanta pouca coisa que oferecia: acompanhava apenas um jogo (Tennis, que na verdade era mais um tipo de PONG – dai o porque de ser um “PONG System”) e dois controladores. Fora isso, apenas outros 4 jogos foram lançados e podiam ser comprados separadamente por cerca de 45 francos cada.

Pequenininho e com detalhes azuis, o Tele-Spiel tinha lá o seu charme e suas limitações. Assim como o Odyssey, seu hardware era bastante limitado e não permitia sequer computar a pontuação dos jogadores em tela. Uma curiosidade à parte é que os controles do Tele-Spiel não eram conectados ao console, mas sim aos cartuchos.

Seu relativo sucesso ainda fez com que a Phillips investisse em melhoria de hardware e lançasse outras versões como o Tele-Spiel ES 2203 e 2208 (imagens abaixo, respectivamente) que tinham caixas bem exóticas.


Tele-spiel ES 2203

Tele-spiel LasVega

A partir daí, instaurou-se uma verdadeira Pongmania. Não era só mais a Atari que fabricava. Centenas de outros modelos de consoles foram criados em diversos países, inclusive no Brasil (Telejogo Philco Ford I e II). Embora os jogos fossem baseados no mesmo conceito Pong, os criadores faziam modificações que sugeriam a prática de outros esportes, como futebol, hóquei, basquete, paredão, tênis, tiro ao alvo, entre outros.




Exidy Games

1976 - Death Race

Fliperama do jogo Death Race desenvolvido pela Exidy Games. O jogo foi o precursor de jogos de carros homicidas com espírito de carnificina.

Neste período de evolução nos gêneros dos jogos, começaram as primeiras críticas quanto aos jogos violentos, como o Death Race, da Exidy Games, que foi basicamente o precursor do surreal e brutal Carmaggedon, que mais tarde faria grande sucesso no Playstation. O objetivo de Death Race era basicamente atropelar qualquer coisa que se colocasse a frente do veículo. Com o mercado ficando extremamente competitivo e sem enxergar um futuro diferencial para a empresa, Bushnell decide então vender a Atari para a Warner



Coleco Telstar

1976 - Coleco Telstar

Mais um clone do PONG, o Telstar tem uma história tão curiosa quanto a da sua empresa, a Coleco. Fundada em 1932, a Coleco era uma empresa que produzia couro para botas e calçados em geral. Enfadada de produzir a mesma coisa sempre, de repente seu CEO, Arnold Greenberg, decidiu entrar para o mercado de piscinas plásticas, logo em seguida de brinquedos e finalmente de vídeo games.

Em meio ao balaio de gato criado entre a Magnavox e a Atari, a Coleco foi esperta e fez do Telstar o console mais barato de todos. Lançado em 1976, o console custava cerca de 50 dólares a unidade e vinha acompanhado de 2 controles e 3 jogos: Tennis, Hockey e Handball – todos uma variável do original PONG.

Rapidamente o Telstar se tornou o console mais vendido da primeira geração e seu sucesso se deu a dois fatores: o chip que utilizava e a quantidade que fora encomendada. O chip em questão é o AY-3-8500 da General Instrument que fora desenvolvido para rodar inúmeras variantes de PONG, o que assustou bastante o pessoal da Magnavox e Ralph Baer que ainda tentou correr atrás de uma patente, mas sem sucesso. A Coleco encomendou uma quantia monstruosa do chip antes mesmo dele começar a ser fabricado. Resultado: a Coleco recebeu todos os chips que comprou antecipadamente a um precinho camarada e as demais empresas que o solicitaram depois só receberam cerca de 20% do solicitado.



Coleco Colortron Telstar

Mas ainda tinha muito mais por detrás disso. O chip da General Instrument era tão poderoso, mas tão poderoso que ainda rendeu outras 14 versões do Telstar, cada um com uma melhoria que o antecessor não tinha. Entre as mais notáveis melhorias estavam consoles com mais jogos, jogos com dificuldades selecionáveis e jogos em cores.



Uma curiosidade do Telstar é que ele era vendido desmontado na caixa para reduzir os custos de produção do vídeo game. O gamer que adquirisse o console receberia tudo embaladinho, a placa pronta e tudo o mais, mas as peças de plástico vinham separadas e ele era responsável por parafusar uma na outra. Até onde se tem notícia, esse foi o único vídeo game a ser vendido dessa maneira.



Fairchild

1976 - Fairchild Channel F

Vamos abrir um parêntese em nosso especial “História do Videogame” e ainda em 1976. Naquele tempo ainda vivíamos a época dos Pongs, conhecidos aqui no Brasil pela sua versão nacional, o Telejogo Philco-Ford. Esses sistemas, que fazem parte da primeira geração dos videogames, possuíam jogos bastante simples que eram colocados já no circuito do aparelho.

No máximo existiam pequenos cartuchinhos que simulavam a troca de jogo, mas na verdade apenas serviam para fechar uma placa de circuito no console, que acabava por habilitar o jogo que já estava gravado dentro dele, funcionando mais ou menos como uma chave seletora.

Eis que em agosto de 1976, a Fairchild Semicondutor entra no mercado de games, lançando o console Fairchild Channel F, inaugurando a segunda geração dos videogames. Diferentemente dos seus concorrentes, o Channel F iniciava uma nova era no mundo dos games, trazendo uma evolução incrível: seus jogos não eram mais circuitos dedicados, mas sim cartuchos plug-in com roms gravados e código de microprocessador.

Esse papo está muito técnico, né? O que significa tudo isso? Muitos dos que começaram a jogar videogames na década de 80 conheceram o Atari 2600, que foi o console que popularizou os cartuchos. Passa a sensação de que ele foi o primeiro, né? Principalmente pelo fato de que o Channel F não foi lançado no Brasil e mesmo hoje ser bastante desconhecido por aqui. Foi ele quem pavimentou a forma como os videogames seriam e são até hoje, com a possibilidade de o jogador comprar novos jogos sem a necessidade de trocar de aparelho para isso.

O Channel F em sua primeira versão contava com dois controles e um alto-falante embutido. Seus controles são de formato cilíndricos, confortáveis para segurar e surpreendentemente funcionais.De início o console fez bastante sucesso no mercado, porém sua ascensão durou apenas um ano. Seu diferencial em rodar cartuchos levou os concorrentes a criarem videogames mais potentes, como a Atari e seu Atari 2600.



Philco Ford

1977 - TeleJogo

Em 1977 a Philco-Ford introduziu uma grande novidade mundial que ainda era rara no país por conta da proibição das importações. Como era comum na época, o produto foi lançado com um nome em português: o Tele-Jogo.

O Telejogo da Philco era nada mais que a versão brasileira do Tele Game, o console doméstico da Atari para seu jogo Pong, porém com alguns aprimoramentos para torná-lo mais divertido — ou menos entediante, se você é da geração 3D/online. Ele tinha três modos de jogo — Tênis, Futebol e Paredão — que eram simples variações do Pong original, e não tinha joysticks, apenas dois dials – um em cada extremidade do console de madeira e metal — que controlavam o movimento vertical das barras na TV. Você precisava sentar perto da TV, perto do console e perto do seu oponente.

A imagem era colorida, e ele podia ser ligado em qualquer televisão da mesma forma que as antenas comuns, video-cassetes e receptores UHF/VHF (aqueles dois parafusinhos “mágicos” na parte de trás da TV).



Nintendo

1977 - Nintendo Color TV Game

Engana-se quem pensa que a Nintendo começou a fazer sucesso apenas nos idos de Donkey Kong nos arcades ou com o NES e o encanador bigodudo. Esperta como sempre foi, a Nintendo, que já fazia sucesso com seus brinquedos eletrônicos, rapidamente providenciou os direitos de distribuição do Odyssey no Japão. Não demorou muito para que a gigante de Kyoto pensasse em lançar o seu primeiro console. E assim o fez.

O Nintendo Color TV Game foi lançado originalmente em 1977 e sua primeira versão trazia 6 jogos na memória (adivinha que jogos eram esses?). Apesar do Odyssey circular no mercado nipônico e fazer relativo sucesso por lá, o Color TV Game superou todas as expectativas e surpreendeu por trazer, hum.. digamos que gráficos bonitos para a época – cada joguinho tinha uma cor de tela diferente, o bastante para encantar qualquer jogador. Resultado: mais de 1 milhão de unidades foram vendidas!



Atari

1977 - Atari 2600

A Warner Communications comprou a Atari em 1976 e, no ano seguinte, lançou no mercado o Atari 2600. Com 128 bytes de memória e processador de 1.19 Mhz, tornou-se um ícone cultural da época e é lembrado e colecionado até hoje.

Os jogos eram em cartuchos, assim como no Channel F, sistema que foi utilizado até a popularização dos CDs na década de 90. O sucesso foi tanto que 14 clones do aparelho surgiram, como os que você confere nestas imagens:

A quantidade de jogos lançada foi tão grande, que não impediu o surgimento de muitos jogos medíocres. Dessa forma, os consumidores desistiram do console. O Atari naufragou sete anos após seu lançamento e levou toda a indústria de videogames junto, no episódio conhecido como o crash dos videogames de 1984.

Mas é claro que o aparelho trouxe também vários clássicos, apreciados até hoje pelos entusiastas dos games antigos. Quando se fala em Atari, logo vêm a cabeça nomes como Enduro, Pitfall, River Raid, Atlantis, H.E.R.O, Frostbite, Seaquest, além de muitos outros.

O console foi lançado no Brasil pela Polivox entre 1981 e 1982. Na época, ele já não era mais fabricado nos Estados Unidos, portanto, a empresa continuou faturando com os direitos autorais dos produtos lançados no Brasil.



Magnavox

1978 - Magnavox Odyssey²

O objetivo do jogo era fazer a cápsula pousar em segurança na lua, cuidando com o pouso durante a aproximação para evitar uma colisão.

O console foi criado em 1978 pela empresa Magnavox / Philips (estas empresas uniram-se em 1974 sob a liderança da Philips) como evolução do console da Magnavox anterior, o Magnavox Odyssey, o primeiro console de vídeo games doméstico de sempre.

O sistema chegou ao Brasil em maio de 1983. Pelo fato do primeiro console Odyssey nunca haver sido lançado oficialmente no Brasil, a Philips optou por vender seu sucessor no país apenas como "Odyssey", sem o número; isto gerou certa confusão entre jogadores brasileiros e os dos demais países do mundo.



Nintendo

1978 - Nintendo Color TV Racing

Não demorou muito para que outras versões do Nintendo Color TV fossem lançadas: Color TV Game 15, que apresentava processador mais potente; Color TV Racing 112, que trazia um jogo de corrida e um volante bastante chamativo acoplado ao console; Color TV Block Kusure e o Nintendo Computer Game, o último da geração antes do lançamento do NES.



Atari

1978 - Space Invaders

A Atari e o icônico “Space Invaders”, desenvolvido pela japonesa Taito e importado pela Midway Games. Os dois jogos de fliperama bateram recordes de vendas na época.



Adventure

Os famosos “ovos de páscoa” ou em inglês “easter egg” ficaram conhecidos nos jogos a partir de 1978, por conta da política da Atari em não conceder crédito aos desenvolvedores do jogo. Deste modo os desenvolvedores, assim como Warren Robinett fez ao criar o jogo “Adventure”, criando uma sala secreta onde seu nome brilhava em várias cores. Mais tarde os famosos “easter egg” ficaram quase que obrigatórios nos jogos, forçando os jogadores a encontrar pontos escondidos no cenário.



“Chuck E. Chesse”

No mesmo ano, Bushnell abandona a Atari e funda outra empresa. Com a sua saída, a Atari foi forçada, mediante um contrato, a não competir com o fundador da Atari por um período de 5 anos. Bushnell também compra a franquia “Pizza Time Theaters”, responsável pelo “Chuck E. Chesse” A rede de Lanchonete e Restaurante atualmente possui franquias espalhadas por todos os Estados Unidos, sendo um dos destinos favoritos dos americanos.



Nintendo

1978 - Computer Othello

Enquanto ocorriam todos esses acontecimentos, Ray Kassar chega à presidência da Atari e em março do mesmo ano A Nintendo ( que foi criada em 1889 por Fusajiro Yamauchi e fabricava cartas de baralho artesanais através de um método tradicional japonês, conhecido como Hanafuda) anuncia o lançamento do fliperama “Computer Othello”, uma versão digital do jogo de mesa “Othello”. O fliperama não possuía joystick, somente 10 botões coloridos para cada jogador

Computer Othello era o primeiro jogo de arcade de vídeo da Nintendo, embora a Nintendo tivesse criado outros tipos de jogos de arcade antes (por exemplo, jogos eletro-mecânicos).

Essas máquinas surgiram por todo o lugar. Não apenas em salas dedicadas arcade, mas basicamente em todos os lugares onde havia pessoas que queriam se divertir ou que tinha algum tempo para matar.



Atari

1979 - Lunar Lander

O objetivo do jogo era fazer a cápsula pousar em segurança na lua, cuidando com o pouso durante a aproximação para evitar uma colisão.

Já no finalzinho dos anos 70, em 1979 foi lançado o “Lunar Lander”, o primeiro jogo com gráficos vetoriais comercializado, formado por quadros com linhas coloridas. Os objetos eram formados com linhas, como uma espécie de um mapa de um modelo 3D. Com isso surge o antecessor dos gráficos de polígonos, que são usados em praticamente na maioria dos jogos posteriormente lançados.



Atari

1979 - Asteroids

Ainda 1979 um novo jogo, que viria a se tornar um dos mais famosos da história, o “Asteroids” O objetivo do jogo é destruir asteroides sem se deixar ser atingido por seus fragmentos, Mesmo tendo vendido apenas 80 mil cópias e virado um sucesso nos Estados Unidos, o jogo não teve o mesmo alcance no mercado internacional.



SEGA

1979 - Monaco GP

Logo na sequência, a SEGA (fundada em 1940 no Japão) lança o Monaco GP e posteriormente o “Pro Monaco GP, lançado no final de 1979.

Ufa deu um trabalhão separar todas essas informações para vocês, procuramos focar nos Videogames e Arcade-Games mais famosos da época. Ainda existe inúmeros outros consoles e games lançados nesse período dos anos 60/70, mas isso ficará para uma outra postagens. Espero que tenham gostado, não esqueça de compartilhar! Muito em breve postaremos a continuidade dessa matéria trazendo os consoles e games mais famosos dos anos 80!


Fontes: Ufogeeks com: museudovideogame.org
museodelvideojuego.com
wikipedia.org
nintendoblast.com.br
techtudo.com.br
olhardigital.uol.com.br
old-computers.com
krump.com.br
universitariunsgames.blogspot.com.br
flatout.com.br
adrenaline.uol.com.br

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