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Esta foi à última vez que a Sega tentou algo no ramo de consoles. O Dreamcast veio ao mundo com um desafio difícil, tapar o buraco financeiro que a Sega acumulou ao longo dos anos (coisa que piorou muito com o Saturn) e ser o primeiro console da nova geração (os 128 bits), e para realizar tal façanha eles fizeram parceria com a NEC (sim a mesma empresa que fez o Turbografx) e ajudaram a Sega com peças baratas, mas que não afetavam o desempenho nem a vida útil do console.
O console é tinha um visual bem interessante, ele era quadrado com saídas de ar nas laterais, dois botões na parte superior (o Power e o Eject), assim como um ícone triangular que acende uma luz vermelha quando o console está ligado. Na tampa temos o nome Dreamcast junto do logo do console, e falando da tampa, esta é a tampa com a abertura mais suave de todos os tempos, abrindo vagarosamente após o apertar do botão, na parte frontal temos o logo da Sega e quadro portas de controles identificadas por letras (de A a D) e o selo de compatibilidade do console com o Windows CE. A parte traseira dele era bem simples, tendo apenas os conectores de força, vídeo, porta serial, modem e saída de ar (vídeo game bem ventilado esse).
O controle dele é algo de muitas controvérsias, alguns o amam, enquanto outros odeiam, mas a única coisa que a maioria concorda é o fato um segundo analógico seria uma boa ideia.
O controle tinha um D-pad em forma de cruz (+), acima dele se encontra uma alavanca analógica, botão Start triangular na parte de baixo (isso é diferente), quatro botões de ação (A, B, X e Y) e dois shoulders (L e R). O controle era bem largo e profundo por causa dos dois espaços no centro dele, e este espaço não está lá à toa, pois é aqui que se coloca o VMU e o Jump Pack.
O formato dele era um tanto estranho, pois além de grande, ele tinha aberturas traseiras para melhor encaixe das mãos (muito eficiente), mas o estranho mesmo era o fato do fio do controle sair por baixo e não por cima (coisa que até eles mesmos achavam estranho, pois tem um encaixe para segurar o fio do controle para cima na parte traseira).
E seguindo a tradição, o Dreamcast teve vários acessórios bem interessantes, e alguns bem bizarros, e aqui vão alguns deles:
VMU: O Visual Memory Unit era o memory card do Dreamcast, mas com uma diferença, ele tinha uma tela de LCD, um D-pad e quatro botões, para que isso você deve estar se perguntando, a resposta é simples, diversão, pois a maioria dos jogos mostravam informações (uteis ou não) na tela durante a jogatina e quando não estivesse jogando, poderia jogá-lo como um mini-game (se tivesse algum instalado), mas sem duvida o aspecto mais interessante dele era o fato de poder conectar dois VMUs diretamente para realizar a transferência de saves, não mais necessitando ligar o console só para isso.
Dreamcast Jump Pack: também chamado de Vibration Pack na Europa e de Puru Puru Pack no Japão, este acessório quando encaixado no controle permitia ao jogador sentir a vibração e imergir ainda mais no game.
Dreamcast 4x Memory Card: lançado apenas no Japão, ele tinha espaço de quatro VMUs, mas tinha o contra de não ter a tela nem os botões (era realmente apenas um memory card).
Dreamcast Boradband Adapter: Originalmente o Dreamcast vem com um modem de 56kbps (internet discada), mas com este acessório era possível usar o máximo de sua internet banda larga sem problemas. Foram lançados dois modelos desse acessório, o HIT-400 “Broadband Adapter” que suportava velocidades de 10 e 100 Megabits e o HIT-300 “Lan Adapter” que suportava apenas até 10 Megabits.
Dreamcast Fishing Controller: Uma vara de pesca cortada é a melhor descrição para este acessório, com quase todos os botões (menos o L e R) este controle tinha duas funções extras, vibração e sensor de movimentos. Não tinha espaço para o VMU.
Dreamcast Gun: A “Light Gun” (pistola) oficial do Dreamcast, mas curiosamente, a arma só foi vendida na Europa e Japão por medo de má recepção nos Estados Unidos, por esta razão todos os jogos que necessitam de uma arma devem ser jogados com pistolas de terceiros.
Dreamcast Karaoke: Sério, um Karaoke que era encaixado no console e que só foi vendido no Japão, ele era colocado embaixo do console e tinha quase o mesmo tamanho do mesmo.
Dreamcast Microphone: Sim um microfone, mas diferente do Karaoke este é encaixado no controle como o VMU, foi originalmente criado para o game Seaman, mas é compatível com outros sete jogos.
Dreamcast to Neo Geo Pocket Color link cable: como o próprio nome já diz, este era um cabo, lançado pela SNK, para linkar os dois consoles e realizar troca de dados entre alguns títulos.
Dreameye: para quem acha que a primeira câmera de console de mesa foi o Kinect, olhe de novo, pois esta é a Dreameye, a câmera lançada somente no Japão para o Dreamcast e permitia filmagens de até trinta segundos e fotos de até três megapixels (era incrível para a época).
Samba de Amigo Maracas: Este é sem dúvida nenhuma é um dos controles mais chamativos que conheço, pois é um par de maracas vermelhas, e como se não fosse o bastante este controle realmente faz som de maracas quando é chacoalhado, infelizmente foi usado em apenas um jogo, Samba de Amigo.
Entre outros acessórios mais comuns (ou não) como teclado e mouse, mais usados para os jogos online e FPS.
E o Dreamcast é um console realmente colecionável, pois foram lançadas muitas versões dele, como a branca, a negra, a azul, a especial de décimo aniversário do Sonic, a Hello Kitty (Oo) entre outras, mas uma delas se destaca das outras, o Divers 2000 series CX-1, que era um tudo em um bem diferente, pois era um televisor azul com a entrada de GDs em cima e as portas de controle na frente, e seu formato era algo bem anos 50 (com aqueles televisores redondos).
Este foi um grande console, sempre será lembrado como o primeiro de sua geração, mas a pressa da Sega em lançar um novo console à fez cometer alguns erros, tanto de marketing quanto de desenvolvimento, pois no final o Dreamcast não era páreo para os seus concorrentes (PlayStation 2, GameCube e Xbox), o que quase causou a falência da Sega e descontinuação do console em 2001.
Mas não me entenda mal, isso não quer dizer que ele tenha sido um console ruim, pelo contrario, sua biblioteca mesmo sendo bem limitada, por causa de sua vida curta, teve muitos títulos de peso, sendo que algumas séries continuam até hoje, os jogos eram rápidos e fluidos, a jogabilidade era boa e o fato de ter quatro entradas de controle para o multiplayer tornava a diversão incrível, o que o torna um console divertido de se jogar até hoje, foi uma pena que a Sega teve que descontinuar o console para evitar a falência, pois a essência do Dreamcast é a própria essência da sexta geração e se você ainda tem o seu, tire a poeira dele e aproveite.
Jogos:
Vídeo:
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