Copa do Mundo 2022: veja 22 curiosidades sobre o Mundial do Catar

Estádio desmontável, impedimento semiautomático, cinco substituições por seleção... Falta muito pouco para o começo da Copa do Mundo do Catar e o Estadão traz 22 curiosidades sobre o Mundial deste ano.

Videogames dos anos 90 | Sony/PlayStation - 1994 [17]

O PlayStation chegou ao mercado do Japão, uma semana depois do Saturn, pelo preço de ¥37,000 (algo como US$390,00). A imprensa o tratava como o lançamento mais importante da Sony desde o mítico Walkman, na década de 70. Os games disponíveis foram King's Field, Crime Crackers e como carro-chefe, Ridge Racer. Periféricos incluíam o memory card, link cable, multitap e outros.

Chamava atenção seu visual elegante, e lógico, o esquisito mas ergonômico controle. Até guardava semelhanças com o do Super Nintendo, como a disposição de 4 botões em cruz, Start, Select e botões de ombro; mas em vez de D-pad manjado, veio o direcional de quatro pontos independentes, dois botões a mais nos ombros (R2 e L2) e formato alongado que facilitava o manejo. Outra novidade foram ícones nos botões de superfície em vez de letras ou números. Kutaragi disse que o controle recebeu tanta atenção quanto o próprio console, pois sabiam que a transição do 2D para 3D traria novas necessidades. Os ícones virariam um ícone da própria Sony.

A unidade de leitura foi problema recorrente nos primeiros lotes. Como as peças eram de plástico e ela ficava perto da fonte interna, o calor e fricção causavam desgaste no mecanismo e desalinhava a peça toda, incluindo a lente. Resultado: falha na leitura dos discos. Surgiu a "lendária técnica" de colocar o console de cabeça pra baixo, aproximando a lente ao CD. A Sony resolveu em versões posteriores com peças de alumínio, afastando o conjunto da fonte. Além disso, a resina da lente era sensível e muitos usuários tiveram que trocar o canhão várias vezes em poucos anos de uso.

As vendas foram consistentes desde o início, com umas 300 mil unidades no primeiro mês — segundo a Sega, seu 32-bit vendeu cerca de 450 mil, lembrando que o Japão foi o mercado mais importante dele. Nos anos seguinte, com o declínio do Saturn e aumento da biblioteca do PlayStation, ele subiu e até ultrapassou o rival.

Sob comando de Steve Race, a Sony Computer Entertainment of America lançou o PlayStation nos Estados Unidos em 09/09/1995. Na estratégia de ter muitos desenvolvedores consigo, eles facilitaram contratos ao máximo, e na ocasião já acumulavam mais de 100 na América e quase 300 no Japão. Foram enviadas mais de 700 unidades de desenvolvimento para o mundo todo.

A apresentação foi na E3, em 11/05/95, competindo contra o Saturn e o risível Virtual Boy; cenário perfeito para o estreante, que trazia WipeOut e o já hit Ridge Racer — anunciando, porém, que o game de corrida da Namco não acompanharia o console, como especulado: era só um disco demo e olhe lá...

Sony na primeira E3 em 1995 - A Electronic Entertainment Expo, uma importante feira anual para o ramo de videogames | Image Credit: Sony Interactive Entertainment

O anúncio de seu preço oficial, US$299,00, é até hoje citado como uma das jogadas mais agressivas e memoráveis: Race subiu ao palco e sem dizer nada além do valor, virou o mercado de games de perna para o ar. Era cem dólares mais barato que o Saturn, anunciado na mesma E3. Race admitiu que foi uma jogada arriscada e acertada na última hora:

"O interessante é que discutimos até o último minuto sobre o preço. Deveria ser entre $299 e $399. Eu, meu diretor financeiro Tom Krause e Olaf Olafsson estávamos numa disputa com os japoneses para tentar manter o preço em $299, que pensávamos ser muito mais atrativo. Começamos a discutir na tarde anterior ao discurso, e na manhã seguinte ainda estava por ser decidido, só tivemos luz verde pela manhã. Não tenho ideia do que seria se eles (executivos da Sony do Japão) tivessem insistido nos $399. Pode acreditar, eu nem tinha um discurso preparado."
Steve Race

A Sega ficou em maus lençóis, pois a matriz os havia forçado a colocar o Saturn em venda antecipada no Ocidente, sem ter como atender a demanda — a entrega estava há tempos agendada para o famoso Saturnday, 02/09/1995, e a nova data os pegou de surpresa. Kalinske, que havia acabado de anunciar o Saturn por $399 na mesma E3, teve que tomar uma decisão controversa: escolheu alguns pontos de venda e deixou os outros na mão, causando a ira de grandes lojas como Walmart e Best Buy, que passaram a boicotar a Sega.

Sobre o preço do concorrente, Kalinske admitiu:

"Pensamos que eles iriam de $399, então foi uma grande surpresa e uma jogada muito competitiva para eles. É claro que perderam dinheiro com aquele preço durante um tempo, até que pudessem reduzir o custo de produção. Mas foi brilhante da parte deles. Não sabíamos que fariam isso e quando vimos, eu disse "Bom, é isso... Estamos meio que ferrados, não estamos?", porque não tínhamos lucro nem a $399, então havia um problema. Adiantar o lançamento de setembro para maio não adiantou para a Sega. Na pré-venda, o PlayStation já tinha 17 games disponíveis, e as encomendas passavam de 100 mil unidades. O público ansioso o recebeu de braços abertos, com lojas reportando estoques esgotados de aparelhos, discos e periféricos."

Em maio de 1996, para quebrar as pernas da Nintendo, o preço foi a US$199,00: o Nintendo 64 seria lançado a US$250,00, mas com a redução do rival, tiveram que igualar. No intervalo entre o SNES e 64, a Sony "roubou" muitos jogadores antes leais à Big N, o mesmo acontecendo com "seguistas" decepcionados com a pobreza de jogos no Saturn. No fim do ano, o PlayStation tinha mais de 200 títulos disponíveis.

Em 1997, foi lançado o Dual Shock (SCPH-1200), novo controle com duas alavancas analógicas e um sistema de vibração interno com 2 motores; outra cacetada no Nintendo 64, cujo Rumble Pack precisava de pilhas e tinha só 1 motor e uma alavanca analógica. Foram lançados vários games compatíveis com os recursos, incluindo Crash Bandicoot: Warped e Tekken 3. Mais tarde, alguns passariam a exigir o Dual Shock, como Ape Scape, de 1999, que usa as duas alavancas analógicas.

Em 2000, a Sony lançou o PSOne, modelo redesenhado e econômico, o último do PSX.

O PlayStation jamais foi lançado no Brasil. Segundo representação nacional da Sony, a pirataria impedia que o formato de negócio da empresa funcionasse, pois a imensa maioria dos lucros vinha de games.

Como trazer um aparelho que poderia custar no máximo mil reais se as pessoas não comprariam os jogos de nós nem custando dez, vinte reais? Não haveria como cobrir gastos com o hardware. Só poderíamos fazer algum plano nesse sentido se os piratas desaparecessem. Minoru Itaya, presidente da Sony Brasil em 2004. Não há números oficiais, mas o aparelho foi popular assim mesmo. Como copiar CDs já era fácil e barato, muita gente o comprava e fazia uma modificação (modchip) para rodar discos "paralelos". A pirataria foi também um duro golpe nas locadoras, já que entre gastar na locação do original ou numa cópia, a maioria ficava com a segunda opção.

Além de consoles para o consumidor, foram criadas estações de debug, com aparência similar ao "normal", mas cases em plástico verde, azul e raramente cinza. Como deviam ser similares à máquina do público, tinham 2MB de memória (contra 8 das estações de desenvolvimento), mas suportavam CD-R com fins de teste. As azuis (DTL-H100x e DTL-H110x) usavam chip gráfico das primeiras revisões, e as verdes (DTL-H120x), da revisão C, melhores no processamento de efeitos de transparência.

Jogos:

Vídeo:

    Veja também:

Fonte: Ufogeeks

Comentários

Games

Mais Notícias

Cinema

Mais Notícias

TOP Listas

Mais Notícias

Cosplay

Mais Notícias

Séries

Mais Notícias

Curiosidades

Mais Notícias

Mundo Geek

Mais Notícias

Nasa

Mais Notícias

News

Mais Notícias

Nostalgia

Mais Notícias

Ufologia e Astronomia

Mais Notícias

Tecnologia

Mais Notícias